Costumamos dizer que já nada nos vai surpreendendo. No entanto, ainda há determinadas coisas que nos deixam perplexos...
Li, ainda não há muito tempo, uma notícia acerca do "fabrico" de gatos anti-alérgicos. Parece que, de uma maneira geral, os bichanos possuem uma proteína na saliva, no pelo e na pele que provoca crises de alergia. No entanto há alguns (muito poucos) que não possuem essa proteína e são esses os utilizados para procriar. Consta que os gatos gerados por este processo são caríssimos e há uma grande lista de espera.
Garantem os americanos que não há modificação genética (só mesmo os americanos!!!...).
"A grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser julgados pelo modo como os seu animais são tratados".(Ghandi, Mahatma)
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Este animal tem inspirado muitos escritores e poetas. Deixo aqui dois poemas de "gatos" de que gosto particularmente:
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"Ambos saíram da noite, negros,
enleados na trança da lua,
enroscados no Verão nocturno
das varandas viradas para o mar.
E ficaram, e quiseram ficar,
amados como os filhos, um a um,
ou como os brinquedos sonoros
dos quartos de infância. Presentes.
Prolongaram o nosso afecto
com os nomes breves que se dão
às estrelas e às pedras raras,
e vieram ronronar sobre o nosso peito
as suas queixas e os seus medos,
o novelo latejante da ternura
colada à pele dos nossos dias."
poema retirado de O LIVRO DOS GATOS
de José Jorge Letria
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Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Fernando Pessoa
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